sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CURIOSIDADES: Sobre o convento no Vaticano onde Ratzinger viverá após renúncia


Uma mansão afastada e tranquila, cercada por altas muralhas e mergulhada no verde dos jardins vaticanos. Um remanso de paz no coração de Roma. São as características do convento Mater Ecclesiae, o lugar onde Joseph Ratzinger passará o resto de sua existência depois de abandonar as vestes papais. Nos primeiros dias de sua nova vida, entretanto, se afastará de Roma para ficar na propriedade onde os pontífices costumam passar o verão, 20 quilômetros ao sul de Roma, perto do mar, em Castel Gandolfo.
Para lá viajará às 8 da noite de 28 de fevereiro. “Imagino que terá uma tarde normal”, disse na quarta-feira o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Quando terminarem as reformas no convento, voltará ao Vaticano para se instalar.
O Mater Ecclesiae surge na colina Vaticana, atrás de São Pedro, e se apoia na muralha que Leão 4º mandou erguer em 847 para proteger a basílica dos ataques dos sarracenos e que hoje coincide em parte com o confim do pequeno Estado. De uma distância providencial se contempla a cúpula de Michelangelo e se alcança passeando a reconstrução da cova de Lurdes, onde o papa gosta de rezar. É o único convento dentro da cidade do Vaticano.
Foi João Paulo 2º quem quis criar ali um lugar de contemplação, no qual as freiras da clausura rezarão para apoiar o papa. As primeiras religiosas chegaram em 13 de maio de 1994, justamente no aniversário do atentado que Karol Wojtyla sofreu em 1981. A ordem que o ocupa foi mudando a cada cinco anos. A última saiu antes do prazo do convento para que começassem as obras de restauração do edifício.
Não está claro se quando terminarem as reformas outra ordem religiosa ocupará uma parte do complexo. “Seria um punhado de irmãs que viveriam em clausura, sem qualquer contato com Ratzinger”, segundo Lombardi. Uma robusta grade e um gramado separam as duas áreas. O papa não estará em clausura, como explicou Lombardi: “Não se deve considerá-lo recluso de forma alguma. É uma condição nova e inédita. Veremos como será organizada. Não posso dizer tudo o que ele vai fazer.” Bento 16 já demonstrou antes seu amor por esse lugar. Tanto que várias vezes celebrou a missa em sua capela.
O edifício é composto de quatro andares, espaços comuns e 12 celas monásticas, uma nova ala de 450 m2, uma capela, um coro para as irmãs da clausura e uma biblioteca. Mas o melhor é o que há fora: uma grande horta onde se cultivam pimentões, tomates e abobrinhas. Do exterior do recinto monástico se veem limoeiros, laranjeiras e um jardim de rosas.
Fonte: UOL

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