sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Flores extraordinárias pelo mundo

As flores nada mais são do que o órgão sexual das plantas. São tão deslumbrantes e cheias de artifícios para atrair polinizadores que as retiramos da natureza para conquistar outros seres humanos. Falar sobre o poder de sedução das flores não é mera licença poética: elas foram feitas para isso.
Algumas de forma bastante engenhosa. É o caso da orquídea Ophrys insectifera, cujo cheiro e formato induzem moscas a tentar copular com a sua flor. O resultado é um macho nada satisfeito e recoberto de pólen. Outras espécies são menos sutis. A vitória-régia, por exemplo, e a Caleana major literalmente aprisionam os seus insetos polinizadores.
Rafflesia arnoldii, a maior flor do mundo
maior flor individual do mundo tem quase um metro de diâmetro e pode pesar 10 kg. Apesar de bela, o forte odor da Rafflesia arnoldii é popularmente comparado ao de cadáveres. A espécie parasita plantas do gênero Tetrastigma e é nativa de Bornéu e Sumatra.
Amorphophallus titanum, a estrutura mais alta
Não se trata apenas de uma flor e, sim, de uma estrutura de até 70 kg com múltiplas e pequenas flores conectadas a um mesmo eixo. Endêmica de Sumatra, a Amorphophallus titanum chega a 3 m de comprimento e é a inflorescência mais alta do mundo.
Huernia zebrina, a “flor donut”
Os cactos do gênero Huernia são notáveis por suas magníficas flores pontiagudas – verdadeiras obras de arte na natureza. Entre elas está a Huernia zebrina, cujas dramáticas flores listradas são ofuscadas por este suculento disco de cor achocolatada, ao centro. Na língua espanhola e inglesa, a espécie foi popularmente apelidada de “flor donut”.
Brugmansia sanguinea, a flor alucinógena
Seu formato delicado lhe rendeu o nome de “tombeta-dos-anjos”, todavia a sua beleza esconde o perigo. As flores do gênero Brugmansia e Datura são alucinógenas, muito parecidas entre si. E a depender da quantidade ingerida, podem induzir ao coma e até à morte.
Peristeria elata, a orquídea do Espírito Santo
Associada popularmente ao Espírito Santo, a delicada flor da Peristeria elata parece envolver uma pomba branca com as suas pétalas e conquistou os seus próprios fiéis. A espécie foi escolhida como flor nacional do Panamá e pode ser encontrada em diferentes países da América Latina, inclusive no norte do Brasil.
Stapelia flavopurpurea, a estrela fora do mar
Parece uma estrela-do-mar, mas é uma flor. A Stapelia flavopurpurea cresce na Namíbia e, ao contrário da maioria das apocináceas em seu gênero (famosas pelo odor desagradável que atrai moscas polinizadoras), a sua essência lembra mel.
Tacca chantrieri, a “flor morcego”
A cor negra é raríssima entre as flores. A exótica Tacca chantrieri cresce em solo asiático e ficou conhecida como “flor morcego”. Por algum tempo, pensou-se que seu aspecto sombrio atraía moscas polinizadoras, à procura de matéria orgânica em decomposição. Mas não é o caso: a espécie se vira muito bem sozinha (autofecundação).
Hydnora africana, a parasita fedida
Pois é. Não parecem flores, mas são! O restante da Hydnora africana está debaixo da terra. Ali, a espécie parasita as raízes de plantas do gênero Euphorbia. Nativa do sul da África, esta flor é polinizada por besouros rola-bosta – um indicativo do seu odor nada agradável.
Lamprocapnos spectabilis, o coração que sangra
As plantas florescem com um único objetivo: reprodução. O que não quer dizer que não pode haver romance... Popular nos jardins do hemisfério Norte, a Lamprocapnos spectabilis traz o espetáculo até no nome e carrega inúmeros corações enfileirados num mesmo eixo.
Victoria amazonica, a rainha dos lagos
Você sabia que a flor da vitória-régia (Victoria amazonica) fica aberta por apenas dois dias? Ela espicha as suas pétalas ao entardecer a fim de atrair besouros. Então se fecha, capturando-os por toda a noite. No dia seguinte, recoberto em pólen e um tanto atordoado, o inseto é enfim libertado. E voa para a próxima flor!
Ophrys insectifera, a mosca traiçoeira
Para se reproduzir, essa orquídea imita o visual e até o feromônio sexual (cheiro) de moscas fêmeas, a fim de atrair espécimes machos. Confusos, os insetos que pousam nas plantas para acasalar acabam transportando o pólen de uma Ophrys insectifera à outra.
Clitoria, a flor (in) delicada
Sabemos que as flores são o órgão sexual das plantas. Entretanto, em alguns casos, a sua função reprodutiva fica tão evidente que a flor acaba por dar nome ao gênero todo: eis a explícita Clitoria.
Habenaria radiata, a garça branca
As flores da orquídea Habenaria radiata parecem sempre prestes a alçar vôo! A espécie cresce nos solos japoneses, coreanos e chineses; e não é difícil perceber porque recebe o nome de flor “garça branca”.
Hoya cinnamomifolia, a flor de cera
Já as flores do gênero Hoya parecem de mentira. São ao menos 200 espécies e combinações diferentes de cores, como as desta H. cinnamomifolia, que lhes renderam o apelido de flores de cera (ou de porcelana).
Caleana major, o pato voador
Vista por uma lente macro – no máximo, 25 milímetros –, as flores da Caleana major parecem patos voando. Mas esta orquídea é engenhosa: a “cabeça” da ave é sensível ao toque e prende os insetos na estrutura arredondada abaixo (no “corpo”), até que estejam cobertos de pólen.
Epiphyllum oxypetalum, a dama-da-noite
Não há muitos cactos por aí que podem se vangloriar de ser uma “rainha” – esse título é exclusivo daEpiphyllum oxypetalum. As flores da rainha-da-noite só se abrem uma vez ao ano. E como o próprio nome diz, apenas no período noturno. O evento é um espetáculo tão raro e aromático que chega a ser celebrado com festas populares.
Ceropegia haygarthii, a flor-palhaço
A planta em si é uma espécie de cipó. O que a torna excepcional são as flores: ocas por dentro, suas paredes internas são repletas de filamentos, que apontam para baixo e dificultam a saída de moscas polinizadoras. Alguns acham que a estranha flor da Ceropegia haygarthii lembra um guarda-chuva invertido, outros a chamam de flor-palhaço.
Eriophorum, neve fora de época
O Ártico não é uma região propensa a flores. Seu clima extremo e vento forte limitam a vegetação a plantas rasteiras e arbustos típicos da tundra. Entre as poucas flores resistentes estão a Salix arctica e as espécies do gênero Eriophorum (foto). Estas, conhecidas como grama de algodão, recobrem campos inteiros de branco – ironicamente, quando não há neve.
Orchis simia, a orquídea primata
O seu nome científico dá a dica: Orchis simia. O termo “símio”, do latim para o português, faz referência aos macacos. E não é que esta orquídea parece mesmo ter florescido no corpo de um?
Passiflora edulis, a flor do maracujá
De aspecto exótico, a flor da Passiflora edulis parece rara – mas não é. A espécie cresce em videiras e se tornou bastante comum, até mesmo no Brasil, graças ao sabor de seu fruto: o maracujá.
Reprodução da Revista National Geographic Brasil





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