domingo, 2 de dezembro de 2012

NATAL

                 
Não foi muito fácil achar a imagem ideal para esta postagem, pois quando sugeri a palavra NATAL na pesquisa de imagens, chuvas e mais chuvas de papai Noel, Snowman, renas e árvores cheias de presentes completaram a pagina de busca... :(  ...que coisa é esta?? São bem bonitinhos, mas não representam em nada o verdadeiro Natal...
                     
Celebrar o Natal, de certo deveria ser um ritual de FELICIDADE. 
Embora muitos povos não celebrem religiosamente a festa, mantem a data por tradição, como em paises asiáticos por exemplo.
Hoje o Natal tem sido uma festa pagã, cheia de ''comes e bebes'' e presentes, normalmente é a primeira lembrança que as pessoas tem ao se aproximar a data. Lembrar que celebrar a renovação, o nascimento da esperança de fé, da vida na plenitude deveria ser o que realmente celebramos no dia 25 de dezembro.
Milhões de pessoas adoram arrumar a casa com árvores, Papai Noel, brilhos e mais brilhos,presentes para que esta data seja vista com todo efeito que tem direito, mas não se empenham em nada durante todo o resto do ano para ''brilhar'' como pessoa humana, como um ser digno de orgulho dos demais, conheço muita gente assim... 
A Liturgia católica do Natal ainda conserva algumas dessas jóias, que o pensamento teológico lapidou naquela época: “ó Deus, nesta noite santa, o céu e a terra trocam seus dons… No momento em que vosso Filho assume a nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade!”
Houve sim um ''Papai Noel'' de verdade, e este era São Nicolau, um bispo do 4º século nascido em Mira, na atual Turquia, e cujo sarcófago está conservado na catedral de Bari, no sul da Itália, compreendeu isso muito bem: na festa do Natal, saía pelas ruas distribuindo presentes aos pobres, sobretudo às crianças. Queria, assim, compartilhar a festa e a alegria com todos porque o Natal de Jesus era um imenso presente de Deus para a humanidade inteira! Talvez nasceu aí a tradição dos presentes de Natal e da festa contagiante, que também hoje se faz.
Os tempos modernos deram-se conta de que o Natal tinha um apelo comercial muito bom e vendia bem! Natal virou coisa para comprar! E para promover melhor o seu consumo, foi criado um garoto-propaganda, chamado Papai Noel, o “bom velhinho”, de barbas brancas, botas, roupão vermelho e gorro de lã… Alguma coisa nele ainda lembra o bispo São Nicolau, de outros tempos, que distribuía presentes de verdade! Papai Noel saiu da fantasia, talvez de trenó puxado por renas imaginárias, lá dos espaços nórdicos, onde faz frio nesta época do ano. Mas deu-se muito bem nos trópicos também… Que importa um pouco de suor debaixo das pesadas roupas invernais? Doce fantasia, que encanta crianças e também agrada a adultos!

Natal se tornou a festa de Papai Noel. E o menino Jesus, onde ficou? Não era dele a festa? E o Presépio? Em seu lugar, uma árvore enfeitada de desejos coloridos; duendes e bruxas, em lugar do menininho de braços estendidos; bichinhos da Disney em lugar dos pastores de Belém e suas ovelhas; e uma infinidade de pacotes e de doces em vez do ouro, incenso e mirra, oferecidos pelos reis magos ao menino Jesus!

Na Idade Média, São Francisco de Assis não se cansava de contemplar o “sublime mistério” do Natal: o Grande Deus veio a nós na simplicidade e na fragilidade de uma criança! Alguém poderia ter imaginado algo assim?! Ninguém mais precisa ter medo de se aproximar do Eterno! Os braços estendidos do menino são o abraço de Deus, que acolhe a todos com infinita ternura! Francisco, poeta e cantor da beleza, quis que a cena do Natal de Jesus, narrada nos Evangelhos, fosse percebida concretamente e “criou” o presépio, com a ambientação e os figurantes dos relatos bíblicos sobre o nascimento de Jesus. A tradição dos presépios no Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo cristão.

Pois é… quase tudo como no começo! Quando Maria estava para dar à luz, José, muito aflito, batia de porta em porta e procurava um lugar em Belém para que o Filho de Deus pudesse nascer entre os homens. São Lucas informa apenas: “não havia lugar para eles”. Por isso, Jesus veio ao mundo num abrigo para animais, fora da cidade. Na cidade não havia lugar para ele. E, no entanto, continua atual o anúncio do anjo aos pastores nos campos gelados de Belém: “não tenhais medo! Eis que vos anuncio uma boa notícia, e será boa também para todo o povo! Hoje nasceu para vós um salvador, que é o Cristo, Senhor”! Mais atual do que nunca!

Vamos deixar o local mais especial da nossa casa para ''receber'' o mais importante convidado da nossa festa, o aniversariante do dia, vamos servir-lhe com o mais saboroso vinho, o vinho da vida, que corre em nossa alma...vamos oferecer-lhe o melhor alimento, aquele que promove o amor entre os homens...Nada se compara ao presente maior que podemos ofertar aos nossos, o respeito, o amor, a fraternidade, a verdade. 
Pensem nisso...

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