Chama-se artrose ao desgaste de uma cartilagem. A doença pode ocorrer em todas as articulações recobertas por cartilagem que sustentam o peso do corpo ou se movimentam muito. É mais comum nos quadris, joelhos e coluna vertebral.
A artrose nos joelhos acomete duas vezes mais as mulheres. Após os 65 anos, embora não tenham sintomas, a maioria das pessoas apresenta algum grau de artrose em uma ou mais articulações.
Há dois tipos de artrose, primária e secundária. A primária, que em geral atinge os dois joelhos, é mais comum depois dos 60 anos. As causas são: envelhecimento, hereditariedade, excesso de peso e joelhos voltados para dentro (valgo) ou para fora (varo). Já a secundária pode manifestarse já aos 30, 40 ou 50 anos. Entre suas causas estão: doenças reumáticas, como lúpus; fraturas e/ou lesões dos ligamentos dos joelhos não tratadas ou tratadas incorretamente; e a extração dos meniscos, que funcionam como amortecedores dos joelhos.
Os sintomas da artrose nos joelhos são: dor ao movimentar-se e inchaço, que resulta da inflamação e do consequente aumento do líquido sinovial. Com o passar do tempo, surgem ruídos ao dobrar o joelho, devido à diminuição da cartilagem.
Felizmente, é possível evitar ou, no caso de quem tem história de artrose na família, pelo menos tornar sua evolução mais lenta. Você pode fazê-lo com algumas medidas básicas. Controle seu peso e eventuais doenças reumáticas. Oriente-se com seu médico sobre que tipo de atividade física deve fazer — as mais indicadas são: alongamento, reforço muscular e exercícios de baixo impacto, como natação.
Pessoas com sintomas devem consultar um ortopedista ou um reumatologista para o diagnóstico e tratamento precoce, que podem retardar a evolução da doença. O diagnóstico inicial é clínico. O médico constata quanto da cartilagem foi destruído, nos casos moderados ou graves, apenas com raios X; já nos casos iniciais, em geral usa também ressonância magnética, que dá maior riqueza de detalhes.
O tratamento inicial objetiva controlar a crise. É feito com repouso, analgésicos, antiinflamatórios e compressas de gelo. Superada a crise, dá-se início ao tratamento da doença crônica, para retardar e tornar menos intensas as crises. Usa-se calor no local; aplicação de ácido hialurônico na forma de gel na articulação, semestralmente, para melhorar a lubrificação e ajudar no combate à inflamação; e remédios por via oral também para combater a inflamação e melhorar a lubrificação. Nesta fase, alongamento, reforço muscular, natação e atividades físicas com bicicleta ergométrica também são fundamentais.
Este tratamento dá bons resultados para a maioria pessoas. Quem não consegue isso pode fazer cirurgia. Consiste em “raspar” os fragmentos restantes de cartilagem do joelho e colocar no local duas peças metálicas — uma embaixo, outra em cima. Essa prótese dura em média 15 anos e proporciona ótimos resultados. Quanto mais tarde é posta, melhor, porque assim não precisará ser trocada em um momento em que a pessoa já pode ter outros problemas de saúde. Mas, se demorar muito para colocá-la, poderá não ter mais condições clínicas. O ideal é fazer o tratamento cirúrgico quando a qualidade de vida está sendo prejudicada e a pessoa ainda tem um bom estado clínico.
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