O decorador marroquino Alberto Pinto. Ao longo de 42 anos de carreira, ele se tornou um dos mais influentes designers de interiores do mundo, com nove livros publicados sobre sua vasta obra. Alberto sabia como poucos aliar opulência, orientalismo e uma pitada do jeito carioca de morar. Era um adorador do Brasil; com casas em Paraty e no Rio de Janeiro – a última foi objeto de uma extensa reportagem na revista americana AD, aliás. “Quando eu era jovem, eu ia muito ao Brasil uma ou duas vezes por ano. É um país simpático, cool, que me deixa numa alegria extrema”, disse.Com trânsito livre nas realezas árabe e europeia (era o decorador preferido do rei Mohammed VI do Marrocos, da família real saudita e redesenhou o famoso Hôtel Lambert quando os sheiks do Catar o compraram dos Rothschild), Alberto, cuja família tinha origem argentina e italiana, também encantava os republicanos. Uma de suas mais famosas decorações deu-se na reforma dos apartamentos privados do Palácio do Eliseu, residência dos presidentes franceses, encomendada pela amiga Bernadette Chirac. E suas habilidades gritavam ainda mais na decoração de mesas e nas louças que ele desenhava com exclusividade para suas clientes. Era um amante do bom gosto e do luxo elevados à enésima e quase fantasiosa potência.
No último ano, sua saúde piorou, zelada pela irmã, Linda, que avisa que manterá aberto o ateliê de Alberto, no magnífico hôtel particulier da Place des Victoires, em Paris. Nada menos do que 50 projetos do decorador ainda estão em andamento. Os amigos de todo mundo estão de luto, sobretudo as companheiras brasileiras de toda uma vida, como Georgina Brandolini, Bethy Lagardère e Sylvia Amelia de Waldner.
Apartamento em Mônaco
Apartamento em New York
Apartamento em Londres
Apartamento em Atenas
Maison em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deposite aqui sua idéia