A Ilha de Páscoa é uma ilha vulcânica da Polinésia oriental, localizada no sul do Oceano Pacífico. Está situada a 3700 km de distância da costa oeste do Chile e quase à mesma distância em relação ao Taiti. Foi declarada Património Histórico da Humanidade em 1995.
Em rapanui, o idioma local, é denominada Rapa Nui ("ilha grande"), Te pito o te henúa ("umbigo do mundo") e Mata ki te rangi ("olhos fixados no céu").
Faz parte da Região de Valparaíso, pertencente ao Chile e é um dos locais mais distante e isolado do planeta, sendo famosa pelas suas enormes estátuas de pedra, os Moais.
Tem forma triangular, de aproximadamente 160 km² teve a sua origem em três vulcões que há mais de dois milhões de anos e em diferentes períodos, emergiram do mar, lado a lado. O mais antigo deles é o Poike, que entrou em erupção há cerca de 600 mil anos, formando o canto sul do triângulo. A subsequente erupção deu origem ao Rano Kau, o segundo a emergir, formando o canto sudoeste da ilha. Por último, a erupção do Terevaka, localizado no canto norte do triângulo.
É incerta a data de ocupação de Páscoa, tanto quanto é incerta a data de colonização das ilhas polinésias. Pensa-se que os insulares de Páscoa fossem típicos polinésios, vindos da Ásia.
Em 5 de abril de 1722, o explorador neerlandês Jacob Roggeveen atravessou o Pacífico partindo do Chile em três grandes navios europeus, e após dezessete dias de viagem desembarcou na ilha num domingo de Páscoa, daí o seu nome, que permanece até hoje.
Em 1870, comerciantes europeus tomaram posse das terras e introduziram gado ovino na ilha. Em 1888, o governo chileno anexou Páscoa, que se tornou uma fazenda de ovelhas administrada por uma empresa escocesa estabelecida no Chile. Somente em 1966 é que os nativos foram reconhecidos como cidadãos chilenos.
Em 1870, comerciantes europeus tomaram posse das terras e introduziram gado ovino na ilha. Em 1888, o governo chileno anexou Páscoa, que se tornou uma fazenda de ovelhas administrada por uma empresa escocesa estabelecida no Chile. Somente em 1966 é que os nativos foram reconhecidos como cidadãos chilenos.
O Rongorongo
O rongorongo é o sistema de glifos dos povos da ilha, descoberto no século XIX que parece ser uma escrita e que ainda não foi completamente decifrado.
O culto Tangata manu ("Homem-pássaro")Motu Nui é o maior dos três ilhéus a sul da Ilha de Páscoa, sendo o cume de um vulcão que ultrapassa os 2000 m de altura desde o fundo marinho. Durante muito tempo foi palco de uma competição tradicional do povo da ilha de Pascoa, na qual o vencedor recebia o título de Tangata manu (homem-pássaro) e seria o representante terreno do deus-criador Make-Make, nesse ano.
A competição realizava-se em Setembro quando chegavam ao ilhéu, as andorinhas-do-mar para aí depositarem os seus ovos. Os candidatos partiam da na vila Orongo, à beira da cratera do vulcão Rano Kau. Cada clã selecionava um representante que deveria nadar até a ilhota, encontrar um ovo e retornar à Rapa Nui depois de escalar o penhasco. O primeiro a trazer um ovo intacto era nomeado homem-pássaro e governava a ilha durante um ano. Alguns competidores eram mandatários do líder do clã, e nesse caso ele recebia o título. A competição existiu até o final do século XIX quando a maioria dos habitantes da ilha foi convertida ao catolicismo.
A ilha não tem vales profundos, a altura máxima é de 507 metros acima do nível do mar. Toda costa é rochosa, com excepção das suas duas únicas praias de areias branca, Anakena e Ovahe.
As enormes estátuas de pedra, os Moais, foram esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos santuários que tinham em média 5 estátuas. O maior deles, encontra-se na pedreira de Rano Raraku, tem cerca de 22 metros e está inacabado.
A pedreira - Rano Raraku
Rano Raraku é uma cratera vulcânica formada de cinzas vulcânicas ou tufo localizada na parte baixa de Terevaka. Foi a principal pedreira da Ilha, durante 500 anos até o começo do século XVIII, e onde foi esculpida a maior parte dos famosos moais da ilha.
aindo da grande cratera, com cerca de 550 metros de diâmetro, é possível observar restos de estradas que se irradiam para o norte, sul e oeste até a costa da Ilha. Espalhadas pelas estradas existem muitas estátuas, dispostas de maneira irregular, como se tivessem sido abandonadas durante o transporte. Ao longo da costa, e no interior da Ilha, estão cerca de trezentas plataformas que servem de suporte aos moais.
A maior plataforma, Ahu Tongariki, com 200 metros de comprimento, suporta quinze estátuas que se encontravam tombadas e foram reerguidas em 1994 por guindaste.
Distribuídos no território, encontram-se mais de 800 moais, figuras gigantescas compostas por cabeça e tronco, Na sua maioria, os Moais medem entre 4,5 a 6 metros de comprimento e pesam entre 1 a 27 toneladas. A maior estátua construída na ilha tem 10 metros e 90 toneladas.
Existem três tipos de estátuas gigantes:
■ As primeiras estátuas estão situadas nas praias à borda do mar. O seu número é de mais ou menos 200 à 260 e algumas estão à uma distância de mais de 20 km do canteiro do vulcão onde foram modeladas. Estas estavam instalados em vários números, sobre monumentos funerários chamados "ahus"e davam as costas para o mar. Originariamente estiveram tocados por um tipo de chapéu cilíndrico chamado "Punkao", feito com uma rocha avermelhada, tirada do vulcão "Puna Pao".
O segundo grupo é o das eregidas ao pé do "Rano Raraku". São estátuas terminadas, porém diferentes das outras, pois seus corpos estão cobertos por símbolos.
O terceiro grupo há anos a mais conhecida de todas elas "tukuturi", que possui a particularidade de ter pernas, foi comparada as estátuas da arte pré-incaica.
Os moais são testemunhas silenciosas da destruição da floresta que cobria a ilha. Segundo as pesquisas do etnógrafo norueguês Thor Heyerdahl (1914-2002), um dos maiores estudiosos da Ilha de Páscoa, um dos traços mais marcantes do povo rapa nui era a sua intensa espiritualidade. Instalados num verdadeiro paraíso, os clãs ali estabelecidos passaram a prestar culto aos seus ancestrais, representados na forma dos moais. As estátuas eram esculpidas aos pés do vulcão Rano Raraku e depois transportadas para os altares cerimoniais localizados à beira-mar, a dezenas de quilómetros de distância. Este transporte dos enormes moais era feito fazendo-os rolar sobre troncos de uma palmeira endémica da ilha, num processo que poderia consumir centenas de árvores.
O furor religioso e a competição entre clãs, levou-os a esculpir cada vez mais moais o que levou à extinção de todas as árvores da ilha. Esse facto originou uma reacção em cadeia, sem árvores, as aves migratórias que faziam parte da dieta dos ilhéus desapareceram, sem madeira era impossível a construção de canoas para poderem ir pescar. Era a destruição do seu ecossistema, era o declínio e morte dos seus outrora vastos recursos naturais. A combinação entre esta super exploração do meio ambiente e catástrofes naturais, como prolongadas secas, conduziram a uma ampla crise ambiental, cultural e social. Instaurou-se a fome e a guerra. De acordo com registros de missionários religiosos, apenas 111 nativos habitavam a Ilha de Páscoa em 1877.
RESUMO:
Os mistérios desta ilha fascinante
- A ilha de Páscoa é um território chileno na Polinésia.
- Possui 24 quilômetros de comprimento e 12 de largura.
- Seu formato é triangular; em cada ponta existe a cratera de um vulcão.
- O povo que viveu no local e teve seu ápice entre 1400 e 1600 deixou várias esculturas conhecidas como moais (certa de 900 espalhadas por toda a ilha), que são o encanto da ilha.
- Os pesquisadores acreditam que seus ancestrais são os mesmos que povoaram o Pacífico Sul, saídos da Indonésia por volta de 8000 antes de Cristo.
- Recentes estudos genéticos comprovam que esses povos possuíam descendência oriental.
- Os moais eram feitos para homenagear pessoas ilustres desta civilização, como guerreiros e sacerdotes.
- Curiosidades
Altares de Moais Habitações
É o centro arqueológico mais importante da ilha, e é formado por três moais. O local também possui os restos de um porto. O porto possui uma rampa pavimentada com pedras, e era utilizado para lançar canoas e catamarãs (embarcações típicas) ao mar.Os alterares eram utilizados para cultuar os antepassados.- Ahu Nau Nau: este altar era junto à praia de Anakena. Sua importância se deve ao fato de que este altar possui os moais mais bem conservados, permitindo um estudo mais detalhado da estátua.- Ahu Akivi: Os pesquisadores restauraram este altar de moais durante os anos 60. É o único no interior da ilha, e o fica de frente para o mar.- Ahu Tongariki: é o maior altar da ilha – possui 200 metros de extensão. Um maremoto destruiu o altar e seus 14 moais na década de 60, mas a estrutura do local foi restaurada depois de 30 anos.Escavações arqueológicas descobriram várias casinhas de pedra, que junto com as cavernas da ilha eram a principal moradia dos pascoenses (sim, quem mora na ilha de Páscoa é pascoense).Crateras
A cratera de Rano Raraku servia como “oficina” de trabalho para os pascoenses. É que era na cratera deste vulcão que todos os moais eram esculpidos. O interessante é que muitos moais ainda estão lá (cerca de 300) incompletos, encravados nas pedreiras.Desenhos e Rituais
As rochas das encostas da cratera Rano Kau possuem desenhos estranhos: figuras com cabeças de pássaros não. As figuras eram feitas porque o local era utilizado para fazer os rituais do Homem-Pássaro. Este ritual consistia em uma competição: os melhores guerreiros de cada tribo pulavam do penhasco, nadavam três ilhas até chegar a um local onde um pássaro migratório fazia seu ninho. O guerreiro que voltasse primeiro com um ovo do pássaro era declaro o Homem-Pássaro e sua tribo governava a ilha durante um ano.Escrita
Os pascoenses possuíam um sistema de escrita semelhante aos hieróglifos egípcios: o rongo-rongo, que eram símbolos escritos em tabletes de madeira. Até hoje ninguém decifrou o significado desses símbolos.Via: Wikipedia; http://www.historiadomundo.com.br
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