Há mais de 20 anos, o paulistano Fábio Colombini tem se dedicado à fotografia, especialmente ao tema natureza: as imagens de animais e paisagens que ele faz ilustram principalmente livros didáticos, voltados à educação e conscientização ambiental.
Amazônia- Fruto Guaraná
Movimento de barco dentro de igapé com flores caídas
Formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Colombini é autodidata em fotografia e biologia. “Conheço mais de biologia que de arquitetura”, diz. Ele já fez trabalhos nos principais biomas brasileiros. Mas a Mata Atlântica é seu ambiente preferido. “Mesmo tendo sido devastada, a Mata Atlântica sempre me surpreende. É uma biodiversidade impressionante, pois há uma variação de altitude e temperatura que atrai animais de variadas espécies.
Autor do livro Guia Prático para o Fotógrafo de Natureza (Editora Photos), Colombini dá dicas para fazer boas imagens de animais, plantas e paisagens; confira a seguir.
Nuvens e nevoeiro ao entardecer em igarapé
1- Acorde cedo
Na maioria dos casos, a luz da manhã ou do fim da tarde é melhor para conseguir boas fotos de natureza, afirma Colombini. “Fotógrafo de natureza precisa acordar cedo, quando a luz é mais suave. Com o sol a pino, as sombras são muito duras, não são bonitas”, diz. É claro que toda a regra tem sua exceção e sob o sol forte é possível conseguir boas fotos de contraste, com brancos e pretos. “Na contraluz, é possível revelar o translúcido ou os contornos de um objeto.”
Índio da tribo indígena kalapalo caçando na água - Parque Indígena do Xingu
2- Planeje-se antes de sair para fotografar
Antes de colocar o pé na trilha, faça um planejamento da sua saída fotográfica. Como está o tempo? Qual será o assunto fotografado? Isso ajuda a escolher o equipamento que será levado. E, quando estiver diante do assunto a ser fotografado, tente fazer uma composição interessante. “Não seja impulsivo, busque o melhor ângulo, a melhor luz.”
Formigas bebendo água no Parque Estadual do Cantão, no Tocantins
3- Escolha bem o equipamento para a mochila não ficar pesada demais
Para o fotógrafo amador, Colombini recomenda levar uma lente zoom, que faz o papel de várias. Caso prefira fazer fotos com qualidade máxima, leve três lentes: a grande angular (de 24 ou 28 mm), a macro (80 a 100 mm) e a teleobjetiva (400 mm). “Geralmente, é preciso se deslocar muito, então não leve uma mala muito pesada. ”
Folhas coloridas de planta de igarapé
Igarapé Tarumã-açu, em Manaus, no Amazonas
4- Evite sair sozinho para fotografar
Quando for se embrenhar pela mata para fotografar, vá acompanhado – de preferência com outra pessoa que goste de fotografar ou que tenha paciência para acompanhar o seu trabalho. “A tendência do fotógrafo é proteger a máquina, por isso quem escorrega costuma levantar os braços e se machucar mais”, diz. Se acontecer algum acidente, o acompanhante poderá socorrê-lo ou buscar ajuda. Também é preciso tomar cuidado com os animais peçonhentos. “Esteja sempre atento a onde apoia a mão e, quando for andar muito no mato, use uma perneira para proteger-se contra picadas de cobra.” É recomendável também levar celular, GPS ou rádio nas saídas a campo.
Rito tradicional da tribo indígena kalapalo - Parque Indígena do Xingu
5- Não deixe o fundo desviar o olhar do assunto principal
Na hora de compôr uma foto, é preciso garantir que o assunto principal fique em evidência. “Manchas brancas no fundo, por exemplo, distraem o olhar”, diz Colombini.
Borboleta Callicore pygas cyllene, no Mato Grosso
6- Não aponte o flash diretamente ao objeto fotografado
O flash é uma luz artificial e dura, por isso nunca aponte diretamente para o objeto fotografado, ensina Colombini. Uma dica do fotógrafo é usar papel vegetal como difusor, para suavizar a luz do flash. O uso de dois flashes, um com a luz mais forte que o outro, pode ajudar bastante também. “Ajuda a diminuir a sombra.”
Araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii)
7- Conheça bem o assunto que vai fotografar
Colombini diz que é fundamental obter informações sobre o assunto fotografado. No caso dos animais, por exemplo, é preciso saber o comportamento deles, quais são venenosos, onde eles vivem, para obter boas imagens. “Além disso, o fotógrafo repassa informação sobre o assunto que fotografa
Índios da tribo indígena kalapalo brincando na água - Parque Indígena do Xingu
Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas
Parque Estadual do Cristalino, Alta Floresta, no Mato Grosso
Via: National Geographic Brasil
TRAMAS
CULINÁRIA
Doces de amêndoas. Lisboa, Portugal, 2010.
Couvert do Restaurante Tia Alice: azeitonas, manteiga e pão. Fátima, Portugal, 2010.
Menu de restaurante na Plaza Mayor. Madri, Espanha, 2010.
Massa do Restaurante Mario. Florenca, Itália, 2010.
Salada. Assis, Itália, 2010.
Macarrão com trufas, pão e vinho. Assis, Itália, 2010.
CONSTRUÇÕES
Santuário de Montserrat. Montserrat, Província de Barcelona, Espanha, 2010.
Mosteiro - Santuário de Montserrat. Montserrat, Província de Barcelona, Espanha, 2010.
Escada espiral de uma das torres do Templo Expiatório da Sagrada Família, do arquiteto Antonio Gaudí. Barcelona, Espanha, 2010.
Interior do Templo Expiatório da Sagrada Família, do arquiteto Antonio Gaudí. Barcelona, Espanha, 2010.
GELO
Geada sobre planta no Parque Nacional de São Joaquim. Urubici-SC, 06/2012
Geada sobre cogumelos no Parque Nacional de São Joaquim. Urubici-SC, 06/2012
GOTAS
Gotas-d'água em folha de bico-de-papagaio. São Paulo-SP, 2009
Gota-d'água caindo sobre água.
ANIMAIS
Medusa - Rhizostoma pulmo - no L'Aquarium Barcelona. Espanha, 2010.
São Sebastião-SP: anêmona-do-mar - Actinia bermudensis.